domingo, 23 de outubro de 2011

Execução sumária virou elemento estratégico da diplomacia estadunidense

Reproduzo parte do excelente artigo de Pepe Damasceno publicado no Blog do Pepe:

Kadafi: mais um executado sem julgamento
"Peço licença para transformar em título deste post uma frase extraída de um artigo do jornalista Leonardo Severo, repórter do Hora do Povo e membro do Centro Barão de Itararé, que circula na rede. Essa chamada é a mais perfeita tradução da vitória de Pirro, na Líbia, obtida pelos EUA, potências europeias e Otan com o assassinato de Kadafi. É incrível como os EUA não aprendem com as lições da história. Movidos pela ganância pelo petróleo alheio os americanos até hoje estão sentados nos barris de pólvora do Iraque e do Afeganistão, com um saldo macabro de centenas de milhares de mortos e mutilados, sem falar na destruição completa da infraestrutura desses países. O presidente Barack Obama vai colecionando cadáveres de adversários ( Bin Laden, Kadafi...), aos quais foram negados o direito ajulgamentos justos.Por mais estarrecedor que pareça, a verdade é que a execução sumária virou elemento estratégico da diplomacia estadunidense.

De cara, é preciso denunciar mais uma vez a ilegalidade das ações militares da Otan na Líbia. O mandato concedido pela ONU limitava-se apenas à criação por parte da Aliança Atlântica de uma zona de exclusão aérea, sob a justificativa de que era preciso proteger os civis dos bombardeios das forças leais a Kadafi. Desde o começo o conflito líbio ganhou ares de guerra civil, ao contrário do que aconteceu nas rebeliões anteriores na Tunísia e no Egito, onde manifestações populares pacíficas foram crescendo de forma avassaladora, a ponto de levar de roldão os governos de Bem Ali e Osni Mubarack."

(...)

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