quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mino: Demóstenes é bode expiatório

Sequestrada em Goiânia por
ordem de Maconi Perillo

Demóstenes, Marconi e Policarpo
Mino Carta

O caso do senador Demóstenes Torres é representativo de uma crise moral que, a bem da sacrossanta verdade, transcende a política, envolve tendências, hábitos, tradições até, da sociedade nativa. No quadro, cabe à mídia um papel de extrema relevância. Qual é no momento seu transparente objetivo? Fazer com que o escândalo goiano fique circunscrito à figura do senador, o qual, aliás, prestimoso se imola ao se despedir do DEM. DEM, é de pasmar, de democratas.

Ora, ora. Por que a mídia silencia a respeito de um ponto importante das passagens conhecidas do relatório da Polícia Federal? Aludo ao relacionamento entre o bicheiro Cachoeira e o chefe da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior. E por que com tanto atraso se refere ao envolvimento do governador Marconi Perillo? E por que se fecha em copas diante do sequestro sofrido por CartaCapital em Goiânia no dia da chegada às bancas da sua última edição? Lembrei-me dos tempos da ditadura em que a Veja dirigida por mim era apreendida pela PM.

A omissão da mídia nativa é um clássico, precipitado pela peculiar convicção de que fato não noticiado simplesmente não se deu. Não há somente algo de podre nas redações, mas também de tresloucado. Este aspecto patológico da atuação do jornalismo pátrio acentua-se na perspectiva de novas e candentes revelações contidas no relatório da PF. Para nos esclarecer, mais e mais, a respeito da influência de Cachoeira junto ao governo tucano de Goiás e da parceria entre o bicheiro e o jornalista Policarpo. E em geral a dilatar o alcance da investigação policial.

Leia todo editorial que sai amanhã em Carta Capital.

2 comentários:

Sérgio Vianna disse...

Você viu, Márcio?

O Marconi Perilo ameaçando a Globo e a família Marinho?

O trem vai feder... se vai!

O caso é o seguinte:
Cachoeira foi preso numa casa que foi propriedade de Perilo, que alega que a vendeu conforme lei de mercado.

Marconi disse que Roberto Marinho fez o mesmo, vendeu um apartamento em Copacabana para o bicheiro Anizio Abrão da Beija-Flor, que liberou a transmissão do carnaval carioca para a Globo, a mesma casa em que foi preso recentemente.

Vender casa não é crime, inclusive para bicheiros. Mas, que coincidência, não?

José Marcio disse...

Eu quero que eles se matem politica e fisicamente.